Rodada quer estimular uso de energia solar fotovoltaica no estado
Evento vai reunir instituições financeiras e empresas para viabilizar expansão desse sistema
O Sebrae promove nos dias 10 e 12 de novembro, em seu auditório, a II Rodada de Crédito Energia Solar Fotovoltaica. O evento, que será realizado sempre ás 8h, busca aproximar instituições financeiras, empresas integradoras (empreendimentos responsáveis pela elaboração do projeto e instalação dos equipamentos) e pessoas interessadas em implementar a energia fotovoltaica em seus negócios ou residências.
A ideia é facilitar a expansão desse sistema de energia no estado. Para isso, o público poderá conhecer as soluções oferecidas por diversas empresas que atuam no setor, além de ser apresentado às linhas de crédito disponibilizadas por seis instituições (Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Caixa, Banese, Banco Votorantim e Sicoob) para financiar a instalação dos equipamentos.
A Rodada é direcionada a microempreendedores individuais, donos de microempresas e empresas de pequeno porte, mas também é aberta à participação de pessoas sem CNPJ. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no site www.lojavirtual.se.sebrae.com.br. O Sebrae fica localizado na Avenida Tancredo Neves, 5.500, Bairro América.
De acordo com a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Sergipe ocupa a 23ª colocação no ranking de geração distribuída dessa fonte energética, ficando à frente do Amazonas, Acre, Amapá e Roraima e sendo responsável por 0,6% do volume produzido no país. Em setembro deste ano, 1,6% da oferta de energia elétrica no Brasil foi gerada pela fonte solar fotovoltaica.
Crescimento do setor
O Brasil é um dos países que mais cresce nesse segmento. Segundo dados da Absolar, o setor teve um crescimento de 70% em 2020, mesmo em meio ao cenário da pandemia de Covid-19. Dentro do ranking mundial de instalações fotovoltaicas em casas, fazendas e comércios, o Brasil teve um avanço considerável entre 2019 e 2020, passando, respectivamente, de 12º para 9º lugar dentro da lista.
Somente no ano passado, o setor trouxe um retorno de R$ 15,9 bilhões e mais de 99 mil empregos. Desde 2012, no início das instalações e incentivos para a energia solar no país, estima-se um total de R$ 56 bilhões em investimentos neste tipo de fonte.
Ainda de acordo com a Absolar, o setor fotovoltaico pode dar um alto retorno não apenas à população brasileira, mas para a economia de modo geral. Até 2050 é possível prever um retorno de R$ 139 bilhões de novos investimentos e um milhão de novos empregos. Para o bolso do consumidor isso pode significar uma economia de até R$ 150 bilhões, além de evitar 8,3 milhões de toneladas na produção de dióxido de carbono (CO²), um dos principais agentes de poluição.
Apesar de ainda ser um investimento alto, ao olhar o histórico de valores das fontes fotovoltaicas desde 2012 pode-se notar um avanço significativo para o consumo dos brasileiros. Há 8 anos, o preço médio do equipamento era de R$ 103. Em 2019, o preço chegou a R$ 22,33.