Fevereiro Roxo: Conscientização do Lúpus, Fibromialgia e Alzheimer

Por Shis Vitória/Alese

Fibromialgia, Lúpus e Alzheimer são doenças diferentes, mas apresentam pontos em comum: são doenças crônicas e incuráveis. O mês de fevereiro ganha a cor roxa com o objetivo de fomentar a conscientização destas doenças com causas ainda desconhecidas pela medicina. A principal intenção da campanha é fazer com que a sociedade compreenda que diagnosticadas precocemente, podem ter os sintomas controlados, melhorando a qualidade de vida de quem convive com elas.

Pensando no fomento da inclusão do tema, a Assembleia Legislativa aprovou o projeto de lei de autoria do deputado estadual Capitão Samuel (PSC) que dispõe sobre a obrigatoriedade da Inclusão do Símbolo Mundial da Fibromialgia nas placas ou avisos de atendimento prioritário. A lei Nº 8.750/2020 foi sancionada pelo Governo de Sergipe e publicada no Diário Oficial Nº 28.508 de 17/09/2020.

Em 2021, a Alese aprovou também uma importante indicação da deputada estadual Kitty Lima (CIDADANIA), voltada aos pacientes de fibromialgia no estado. Autora da lei N° 8.625/2019 que instituiu a ‘Semana Estadual de Conscientização da Fibromialgia’ em Sergipe solicitou ainda, que o Governo do Estado realizasse o cumprimento da legislação que beneficia as pessoas com a síndrome, assim como comunicar as secretarias de saúde de todos os municípios sergipanos quanto a aplicabilidade da lei, em especial, à emissão de carteirinhas para as pessoas acometidas com fibromialgia.

Lúpus

De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia, o Lúpus ocorre em qualquer pessoa, porém, as mulheres são mais acometidas, principalmente entre 20 e 45 anos. Estima-se que no Brasil existem aproximadamente 65 mil pessoas com lúpus. Já a fibromialgia, são mais de 150 milhões de pessoas que sofrem dessa doença no mundo. Segundo o estudo “A prevalência da fibromialgia no Brasil”, calcula-se que existam quatro milhões de pacientes no país, destes, entre 75% e 90% dos afetados são mulheres.

Alzheimer

Com relação ao Alzheimer, a doença se apresenta como uma demência ou perda de funções cognitivas de memória, orientação, atenção e linguagem causada pela morte de células cerebrais. Quando diagnosticada no início é possível retardar o avanço e ter mais controle sobre os sintomas.

Diretoria de Atenção à Saúde

Através da Diretoria de Atenção à Saúde, a Alese oferece assistência médica reunindo várias especialidades e uma delas é a reumatologia. A reumatologista, Regina Adalva, integra o quadro de profissionais de saúde da Casa Legislativa e destaca as manifestações destas doenças raras.

A reumatologista, Regina Adalva, comenta sobre a fibromialgia e lúpus

“Coordeno a residência de estudantes da Universidade Federal nesta área e lá recebemos muitos pacientes com fibromialgia e lúpus. Trata-se de doenças raras, no entanto diferentes. A fibromialgia não é considerada uma doença autoimune, não tem o caráter inflamatório e nem degenerativo, mas infelizmente causa muita dor. A doença se apresenta mais em mulheres na faixa etária de 30 a 60 anos e com difícil diagnóstico, porque a pessoa pode ter outras doenças que simulam a fibromialgia. Sobre o tratamento denominamos como multidisciplinar, ou seja, envolvendo a assistência psicológica, medicação, nutricionista e atividade física”, explicou a médica.

O lúpus também possui características que exigem atenção e tratamento especial. “Diferente da fibromialgia, o lúpus é uma doença autoimune, inflamatória e baseada na produção de anticorpos contra o próprio organismo. As manifestações são dores nas articulações, dores musculares, comprometimento de pele principalmente em áreas expostas ao sol e feridas na cabeça, por exemplo. Além disso, existe ainda o lúpus sistêmico de forma mais agressiva atingindo pulmão, a parte neurológica, rins e até o coração. O tratamento consiste no controle nutricional, corticoterapia e medicação como a hidroxicloroquina que é um medicamento muito importante para pacientes com lúpus e essa soma de fatores permitem um cenário mais estável na qualidade de vida do paciente”, concluiu.

Foto: Cemec

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