O FUTEBOL SERGIPANO E O TORCEDOR


Por Alexandre Guimarães 

O campeonato sergipano e a Copa do Nordeste estão na 6° rodada de disputa e um fator nos chama atenção: a presença do público nos estádios. 


Com o passar das rodadas, menos torcedores são registrados nos jogos, principalmente, nos confrontos de Confiança e Sergipe. Provavelmente, essa situação está vinculada ao desempenho técnico e, por extensão, aos resultados adquiridos por eles nas competições. A qualidade técnica pode estar sinalizando um ponto de atenção para os dirigentes - o aspecto financeiro, resultado dessa baixa presença dos torcedores nos estádios. 


Neste final de semana, Confiança e Frei Paulistano jogaram para apenas um público pagante de 571 e um total de 823. Para um Confiança, detentor de uma gigantesca e apaixonada torcida, é muito pouco. Ontem, pela Copa do Nordeste, simplesmente 695 pagantes e 946 no total prestigiaram Sergipe e CRB. Ratificando, para uma apaixonada e gigantesca torcida, como é a rubra, é muito pouco. É decepcionante! Tudo isso gerou, respectivamente, R$10.130,00 e R$ 12.210,00 para os clubes. Um valor que provavelmente nem paga as despesas geradas. 


Mas será que procede mesmo a vinculação do atual cenário ao aspecto técnico das equipes, desconsiderando, entre as principais causas, o momento pandêmico e o fator das transmissões dos jogos pelos canais de TV e streaming? Será que a situação financeira da população poderia ser elencada como algo preponderante do número insignificante de torcedores nos estádios? Diante de tais questionamentos, contra argumentação é inevitável, também em forma de perguntas, alicerçadas em algumas evidências. 


Lógico que a pandemia amedronta alguns torcedores, mas será que o suficiente para registrar números tão baixos de público, considerando que, com as devidas proporções, que não se ver o cenário descrito em São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais? Será que o Estado do Mato Grosso, onde foi realizada a final da Super Copa, é mais seguro para a Covid-19, ao ponto de receber um público gigantesco na Arena Pantanal? A questão financeira sempre foi e será um problema para uma grande parcela da população brasileira. É realmente um ponto de atenção, mas o bastante para elencá-lo como um empecilho para a presença significativa nos estádios?


Acredita-se que um bom espetáculo sempre vai chamar a atenção dos seus espectadores. A sociedade não mede esforços para investir num bom produto. O fato é que o torcedor, em linhas gerais, não abraçou neste início de 2022 o futebol sergipano e é um ponto de atenção para os gestores dos clubes. O que fazer estrategicamente para que o nosso futebol seja mais atrativo?

Foto: Infonet 

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