Especialista explica o que fazer depois do sexo sem proteção
O uso da camisinha é fundamental para prevenir as Infecções Sexualmente Transmissíveis durante a relação sexual. Embora essa informação seja amplamente divulgada, muitas pessoas têm relações sexuais sem o uso do preservativo ou, até mesmo usando, há casos em que a camisinha acaba rompendo. Diante destas situações, o técnico do Programa de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, HIV/Aids e Hepatites Virais, da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Almir Santana, explica o que fazer.
“Quando a pessoa resolve tomar decisão de se prevenir do HIV até às 72 horas após a última relação sexual desprotegida (o ideal é que essa decisão seja nas duas primeiras horas), ela deverá procurar uma unidade de urgência, onde está disponível a PEP – Profilaxia Pós – Exposição ao HIV. Trata-se de uma medida de urgência de prevenção à infecção pelo vírus HIV disponível gratuitamente na rede pública de saúde com eficácia maior do que 90%, onde a pessoa exposta fará o uso dos medicamentos antirretrovirais por 28 dias para evitar a multiplicação do vírus no organismo. Após os 28 dias de uso do medicamento antirretroviral, completados 30, 60 e 90 dias, deve ser feito o teste de HIV numa Unidade Básica de Saúde”, detalhou Almir Santana.
Ainda conforme o médico, A PEP é recomendada para vítimas de violência sexual (sexo não consentido), bem como a todas as pessoas que tiveram relação sexual com penetração sem camisinha com um soropositivo que tem carga viral detectável ou alguém que não se sabe se tem ou não o HIV.
“O mesmo vale para o caso em que a camisinha estoura. Mas não é indicado para quem já tem o vírus. Por isso, no atendimento, tem que ser feito o teste rápido para o HIV. A PEP só será indicada se o teste da pessoa exposta for não reagente ou negativo e se a relação sexual foi com penetração e sem o preservativo. A PEP não deve ser usada para substituir a camisinha. Essa profilaxia também não será indicada se o parceiro sexual da pessoa exposta for soronegativo. Geralmente, numa relação sexual ocasional, a pessoa exposta não tem informações sobre a sorologia do (a) parceiro (a) sexual”.
Em caso de relações sexuais ocasionais, além dos cuidados com o HIV, é importante, nesse período investigar a presença de outras Infecções Sexualmente Transmissíveis, realizando os testes de Sífilis e Hepatites B e C. “É recomendada a vacina contra a Hepatite B. É importante ficar atento ao surgimento de possíveis feridas genitais e/ou corrimentos anormais, que devem servir de alerta e de indicativo para que se procure um serviço de saúde”, disse o médico.
A PEP para exposição sexual consentida está disponível, em Sergipe, nos seguintes locais: nos Hospitais Regionais, nas UPA de Boquim, Neópolis e em Aracaju, na UPA do Augusto Franco e Nestor Piva. O Ambulatório Especializado para Tratamento do HIV está situado no Cemar Siqueira Campos e no Hospital Universitário.
Fonte e foto SES