COPA DO NORDESTE, UMA PÁGINA VIRADA!
Alexandre Guimarães
O Sergipe amargou, ontem, mais uma derrota pela Copa do Nordeste. Desta vez, diante do Botafogo da Paraíba, por 3x0, no Estádio Almeidão, em João Pessoa, partida válida pela primeira rodada, uma vez que na oportunidade, por um surto de Covid no elenco colorado, o compromisso foi transferido pela Confederação Brasileira de Futebol. Com esse resultado adverso, a esperança ainda de se conseguir uma classificação para próxima fase foi abortada, contrariando o desejo da torcida rubra ver sua equipe logrando êxito na competição. Lógico que a tendência seria um final semelhante a esse, porém o torcedor sempre alimentará uma realidade diferente.
Alguns fatores foram determinantes para mais um insucesso na Copa do Nordeste. Começando pela decisão tomada pelo técnico Daniel Neri entrar com um time bastante modificado em relação a jogos anteriores, como o contra o Lagarto, no último sábado, pelo campeonato sergipano. Abriu mão de peças, na minha opinião, chaves, principalmente, no papel de armação no setor de meio campo, como Diego Aragão, Doda e Kaio Wilker. Aliás, como fizeram falta as jogadas de articulação, quando o time recuperava a bola e tinha a chance de armar um contra-ataque. Além da ausência de um dos melhores jogadores do elenco atual, no caso do atacante Hiago. Na verdade, o time colorado entrou em campo com a tragédia anunciada.
Qual seria o motivo da decisão do Daniel Neri abrir mão de alguns jogadores? Testar alguns profissionais em plena competição, num jogo que definiria o futuro da equipe rubra na competição? Abriu mão da Copa do Nordeste, jogou a toalha antes do tempo, considerando, neste momento, o campeonato sergipano como a única competição de interesse? Seria a melhor estratégia de se conseguir uma vitória fora de casa, diante de um Botafogo em ascensão na Copa? Enfim, o que foi que aconteceu para o Sergipe entrar com uma formação que contrariou todas as previsões?
Um outro fator determinante foi a expulsão infantil do lateral esquerdo Elivelton. Uma falta cometida na lateral do campo que não sinalizava nenhuma ameaça ao gol do Kennedy. Se com onze jogadores não seria um confronto fácil, imagine fora de seus domínios com menos um atleta. Aliás, é tônica do futebol – quando as coisas não vão bem, tudo de ruim atrai-se.
Aspecto também a ser considerado foi o pênalti no início do jogo, quando, através de Adilson Bahia, o Botafogo abria o placar, fator que desestrutura qualquer estratégia e sistema de jogo adotados. Aliás, cabe salientar que um pênalti inexistente. Não houve falta no atleta alvinegro Paraibano, para a decisão do árbitro central ser a de marcar a infração.
O certo é que o resultado de ontem inviabiliza qualquer chance de classificação para a fase seguinte da Copa do Nordeste. Mais um ano que o futebol sergipano participa da competição como um mero figurante. Sem expressividade alguma, ao ponto de posicionar o futebol do nosso estado num lugar de destaque na região nordeste.