Aumento dos custos gera preocupação entre empreendedores sergipanos
Pesquisa do Sebrae e FGV indica que
esse é o maior vilão para donos de pequenos negócios
Os donos de
micro e pequenas empresas sergipanas parecem ter virado a página da Covid-19 e
não enxergam mais a pandemia como um obstáculo para os seus negócios. Neste
momento, de acordo com os empreendedores, o maior vilão (para 56% deles) passou
a ser o aumento dos custos (insumos, combustível, energia), seguido da falta de
clientes (21%) e das dívidas com empréstimos (7%).
Os números
são da 14ª edição da Pesquisa “Impacto da Pandemia de Coronavírus nos Pequenos
Negócios”, que vem sendo realizada pelo Sebrae e Fundação Getúlio Vargas desde
o início da crise, em 2020. Ainda de acordo com o levantamento, somente 3% dos
empreendedores ainda veem a pandemia como um problema.
O
levantamento mostra que 81% dos empreendedores locais continuam registrando um
faturamento inferior ao período pré-pandemia. Segundo eles, essa queda é, em
média, de 24%.
Em contraponto
à época que antecedeu a pandemia, os setores que detêm os maiores percentuais
de perdas são Beleza, Artesanato, Economia Criativa, Turismo e Moda, com quedas
no faturamento que variam de 34% a 29%. Considerando o porte dos
empreendimentos, a pesquisa mostra que os Microempreendedores Individuais (MEI)
são o grupo mais impactado (62% relatam queda de faturamento), com uma redução
média de 29%.
“Os números
mostram que o cenário ainda inspira cuidado e monitoramento constante. A
inflação atingiu as pequenas empresas, em especial os MEI, quando eles
começavam a se recuperar dos impactos da pandemia. É fundamental continuar
apoiando esses empreendedores com políticas de crédito e com a possibilidade de
renegociação de dívidas, tanto de empréstimos, quanto de impostos e
fornecedores”, destaca o superintendente do Sebrae, Paulo do Eirado.
Endividamento
O estudo
realizado pelo Sebrae e FGV mostrou ainda que a maioria dos donos de pequenos
negócios em Sergipe (69%) tem mais de um terço dos custos mensais comprometidos
com dívidas e empréstimos. Vinte e sete por cento do total de empreendedores
relataram ter dívidas ou empréstimos em atraso.
O
levantamento mostrou ainda que os empreendedores estão mais cautelosos quando o
assunto é crédito. A proporção de microempreendedores individuais, micro e
pequenas empresas que procuram empréstimos praticamente se manteve estável, em
torno de 50%, desde meados do ano passado. A pesquisa também mostrou que 2021
foi o ano em que os empresários mais solicitaram empréstimos, chegando a 38% do
total.
O
levantamento mostrou ainda que os empreendedores estão mais cautelosos quando o
assunto é crédito. A proporção de microempreendedores individuais, micro e
pequenas empresas que procuram empréstimos praticamente se manteve estável, em
torno de 50%, desde meados do ano passado. A pesquisa também mostrou que 2021
foi o ano em que os empresários mais solicitaram empréstimos, chegando a 38% do
total.
Um ponto
positivo mostrado pela pesquisa é que 63% dos donos de pequenos negócios em Sergipe
realizaram investimentos em seus negócios nos últimos dois anos. OS recursos
foram direcionados principalmente à aquisição de máquinas de equipamentos
(34%), ampliação do espaço físico (24%) e equipamentos de informática (18%).