Servidores de Porto da Folha estão há 10 anos sem reajuste salarial

SIMPOF marcou assembleia com café da manhã no dia 14 de abril para definir agenda de luta. Servidores aguardam que até o dia 10 de abril a Prefeitura se manifeste sobre reajuste salarial

Escrito por: Iracema Corso

O SIMPOF (Sindicato de Servidores Públicos Municipais de Porto da Folha) está preparando uma assembleia geral com café da manhã às 8hs, na sede do sindicato, no dia 14 de abril, para decidir, depois do feriado, ações de luta pelo reajuste salarial dos servidores públicos municipais.

Já faz mais de 10 anos que os servidores públicos municipais de Porto da Folha estão sem reajuste salarial. Segundo o presidente do SIMPOF, José Antônio Santos, o último aumento salarial aconteceu no ano de 2012.

Diante desta situação lamentável, os vereadores do município se uniram e assinaram um Projeto de Lei para garantir o reajuste salarial dos servidores. A lei foi aprovada e sancionada pelo prefeito de Porto da Folha, mas o reajuste ainda não aconteceu porque o prefeito precisa enviar para a Câmara de Vereadores um projeto de lei com a tabela constando os valores atualizados dos salários dos servidores públicos municipais.

Para cobrar uma resposta da Prefeitura, os servidores municipais de Porto da Folha se uniram em assembleia geral, no dia 27 de março, e entregaram um ofício na Prefeitura cobrando o reajuste dos servidores. Quatro dias depois, o prefeito se pronunciou publicamente sobre o assunto. “Infelizmente, o prefeito usou o espaço concedido pela rádio Rio FM para falar mal do sindicato, uma atitude desnecessária, de desrespeito e que não fez avançar o diálogo”, criticou o presidente do SIMPOF.

O sindicato pediu direito de resposta, que foi concedido pela emissora na última quarta-feira, dia 5 de abril. Assim, o presidente do SIMPOF José Antônio Santos pôde explicar na mesma emissora de rádio qual a real situação dos servidores públicos municipais de Porto da Folha.

“Nós lutamos para que o salário base do servidor seja o salário mínimo. Hoje o que a Prefeitura faz é pagar um valor inferior ao salário mínimo e completar este valor com triênio e outros direitos dos servidores. Eu sou técnico agrícola e tenho 22 anos de serviço na Prefeitura e o meu salário é de R$ 1.060. Os vigilantes recebem R$ 946 e assim sucessivamente… Os servidores de Porto da Folha cobram um salário digno. Esperamos que até o dia 10 de abril, antes da nossa assembleia geral, a Prefeitura chame o sindicato para definirmos sobre o reajuste dos servidores públicos municipais”, explicou José Antônio dos Santos.

O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT Sergipe), Roberto Silva, oferece o apoio da central para o SIMPOF, sindicato filiado à CUT, nesta luta por valorização e respeito. “Várias categorias de servidores públicos municipais em Sergipe já conquistaram o reajuste salarial. Então é hora do prefeito de Porto da Folha conceder o reajuste dos servidores, uma atitude que vai melhorar a economia do município de forma geral. Porto da Folha só tem a ganhar com o reajuste dos servidores”, afirmou Roberto.

A presidenta da Fetam, Vanessa Ferreira, ressaltou que ‘Reajuste, Pisos e Carreira’ é o tema da campanha salarial da Federação dos Servidores Públicos Municipais do Estado de Sergipe. “A gestão de Porto da Folha desrespeita e desvaloriza o servidor, quando não aplica, pelo menos, o salário mínimo como salário base, descumprindo inclusive com o mandamento constitucional que versa sobre o reajuste anual para os servidores. Além de não implantar um plano de cargos e carreiras”, acrescentou Vanessa.

Após 10 anos sem reajuste, a luta do SIMPOF pela revisão salarial é mais do que justa e conta com o apoio da CUT Sergipe e da Fetam.